sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cairo Trindade Nega que um de seus principais poemas tenha sido dedicado a Hayan Rúbia.


Pedimos desculpas públicas ao poeta Cairo Trindade, um dos gingantes da poesia carioca e que negou veementemente qualquer relação com Hayan Rúbia: “Desde que vocês começaram a pesquisar a vida desta mulher, meu telefone não parou de tocar... gente, eu tenho uma vida e gostaria de vivê-la em paz na intimidade do meu lar e da minha família”! Disse ele à nossa produção.
O protesto do poeta Cairo Trindade é justificado por razões de um deslize cometido pelo Sr. Flavio Mutambo Jr. Que, no afã de conseguir novas informações sobre a nossa biografada começou a desconfiar de que o poema
“Ultimo Poema” teria sido um desabafo do poeta quando conheceu Hayan Rúbia, no final da década de 70.
“Naquela época tomávamos e transávamos todas mas nossa sexualidade era revolucionária, a transgressão foi o nosso manifesto" Disse o poeta e acrescentou; "Não éramos moleques hedonistas querendo aparecer, tínhamos uma proposta" afirmou categoricamente e completou; "Eu nunca tive qualquer relação com esta moça, se tivesse tido lembraria com certeza”!
No entanto, captamos um tom de Ironia na voz do poeta, seria verdadeira a sua declaração? Existe relação entre ele e Hayan Rúbia?
Infelizmente não tivemos qualquer confirmação do fato, mas apresentamos nossos respeitos a este mestre da poesia e publicamos aqui o poema que gerou toda a polêmica.

Último Poema

(Cairo Trindade)



Esta noite eu tomaria todas as drogas do mundo,
beberia todos os oceanos
e transaria homens e mulheres
até morrer, dilacerado de dor.

Esta noite eu faria qualquer coisa,
por mais louca e absurda que fosse,
pra não sentir este vazio broxante
e esta puta angústia, velha e avassaladora.

Eu me converteria e cometeria todos os vícios,
sobretudo os que aprendi no hospício,
e mergulharia fundo na depravação,
igual a que praticávamos na prisão.

Depois, poderia morrer, sem pressa nem tristeza,
porque experimentei o inferno e o paraíso
e me redimo em ter feito com o corpo
os mais belos poemas que não ousei compor.

Por fim, me entregaria a deus e ao diabo,
perplexo como o menino que fez arte
e jamais conseguiu ser um artista
ou o artista que esqueceu de ser menino

e de repente descobriu que é tarde.

***

Em 2010 quando fizemos uma homenagem à poeta no Parque das Ruínas, Rio de Janeiro, Cairo Trindade compareceu, foi simpático e solidário à Memória da poeta e concordou em dizer um poema. O poema pode ser conferido no primeiro filme sobre Hayan Rúbia já feito no mundo. 

Veja o filme "VENTILADOR"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Hayan Rúbia na Nicarágua, teria participado da revolução Sandinista?

Ainda em 1982, Hayan Rúbia apareceu na cidade de Manágua, capital da Nicarágua: “Vi corpos espalhados pelas ruas de Manágua, esses contras são muito cruéis”, esta declaração circulou num jornal alternativo brasileiro, da mesma época. Segundo o editor do jornal, ela teria dito isto numa carta enviada a uma amiga argentina residente no Rio de Janeiro e que teria mostrado a carta para o tal editor.
O poeta Flavio Dario Pettinichi nos enviou um texto escrito com letra de mão, que, segundo ele, acompanhava a carta que Rúbia enviou para a amiga argentina. Procurado pela produção do filme, Flavio disse que arrebatou o poema numa casa de leilões, em Buenos Aires. Cedeu uma cópia do texto mas recusou-se a dar declarações.

A produção do Projeto Cinema Possível, agradece a cessão deste importante documento feito pelo poeta Flavio Pettinichi. Estamos fazendo nossos melhores esforços, no sentido de apresentar para o público um pouco mais sobre a vida desta grande artista.
Segue abaixo o texto:
...

Recordarme que del vazio crie um espacio em el qual , solo ,los mistérios del
alma tienen La llave del destino.Entonces, veo sin perplexidad , que em algun cajon Del escritório , uma foto sinpaisajes, perdió el color de La agonia.Flores secas,y um livro sin La última página, son hoy, esta herida que se cerrosin escárnios ni Dolores.Recordarme que, de estas calles frias , solo recojí algunos pájaros muertos ycartas olvidadas de mandar.Ya no siento el espanto de La risa y SUS desígnios paganos , quando llueven lossiléncios .Hay ahora um exílio de petalos arrancados com ravia , de uma flor que no pariófragancias,y sin embargo , Del outro lado de La puerta uma añoranza me esperaentre laberintos y espejos rotos..ahora , em este momento, el puntero estelarparo y el tiempo ya no me pertenece, ni siquiera esta variable de mi és elresultado de algo.Ahora que algo se perdió y no me encuentro ni se encuentra em si mismo.

(HR)