quarta-feira, 6 de junho de 2012

Especulações sobre o último par de sapatos de Hayan Rúbia.


Mistério sobre o último par de sapatos de Hayan Rúbia,
na verdade um coturno.

“A Gata de Botas”, disse o poeta gaúcho Pedro Júnior da Fontoura, em tom de ironia, quando entregou à nossa equipe de pesquisa aquele que teria sido o último par de botas de Hayan Rúbia. Especulamos durante horas, mas as informações sempre confusas apontam para o Uruguai no ano de 1995. Pedro conta que esteve num encontro de pajadores, na cidade de Montevidéu e que teria ouvido falar de Hayan Rúbia por lá.
Segundo Pedro júnior um poeta uruguaio que não se identificou, pediu a ele que guardasse as botas de sua namorada brasileira e que, se fosse para Belo Horizonte, MG algum dia, que o entregasse somente a ela e que não se preocupasse pois ela saberia reconhecer a mensagem.
Pedro nunca foi a BH, pelo menos, não com a intenção de entregar seja o que for para a nobre poeta mineira, mas confessou ter lembrado dela quando esteve em Nova Prata, em 1991, no Primeiro Congresso Brasileiro de Poesia.
 - Como você pode afirmar que a conheceu?
Pedro Jr. afirma ter conhecido Hayan Rúbia
em Nova Prata/RS por volta de 1991.
Perguntamos enquanto saboreávamos um delicioso churrasco no galpão do querido poeta da cidade de Bento Gonçalves / RS e ele simplesmente nos disse num tom profundamente misterioso:
- Qualquer vivente seria capaz de reconhecer aquela prenda!
Ficamos interessados no assunto mas Pedro voltou a falar das botas de hayan rúbia enquanto preparava um chimarrão especial para as visitas. Como somos de outra região do Brasil, estranhamos aquele hábito dos gaúchos mas resolvemos experimentar a erva. Desceu muito bem, melhor ainda com a nova leva de nacos de perna de carneiro servido com vinagrete.
Pedro mudava de assunto o tempo todo e nos apresentou um músico de Passo Fundo/RS chamado Ricardo Pacheco, este, evitou o tempo todo falar de Hayan Rúbia, mas cantava canções profundamente melancólicas e em espanhol, dedilhando seu violão a cada vez que ouvia o nome da poeta. Todos nós achamos a situação bastante interessante mas nem Pedro e nem Ricardo foram além, naquela conversa, mudaram de assunto para falar de música, literatura e filosofar um pouco sobre a geração dos novos poetas regionalistas que estão surgindo no Rio Grande do Sul.

Ricardo Pacheco, não
disse uma única palavra
sobre Hayan Rúbia.
Uma sensação de Vazio.

Quando saímos, uma surpresa, Pedro colocou em nossas mãos as botas de Hayan Rúbia e desejou sorte em nossa pesquisa. Disse que estava escrevendo um livro de memórias e que talvez revelasse, em seu livro algumas “cositas mais” sobre a poeta mineira, nos olhou com um tom bonachão e deu seu aval para esta matéria. Mas não estamos satisfeitos. Tem muito caroço nesse angu, ou melhor falando, tem muita água nessa cuia...

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